De acordo com as escrituras, para fazer parte do Shamaym (céus) é necessário ser nascido da Maym (águas) e Espírito.
As escrituras não negam nossa natureza terrena, mas ensinam que essa terra que somos só será aceita pelo Pai quando for nova e nos moldes que ele quer. Por isso, Ele estabeleceu desde o princípio que precisamos mortificar essa velha terra corrompida, nascer de novo e viver conforme suas leis de vida.
Pedro em sua carta (II Pedro 3) explica que a terra foi nascida das águas e foi destruída por ela no dilúvio.
Aconteceu o primeiro nascimento da terra na criação, mas também aconteceu o segundo, após as aguas do diluvio destruírem toda perversidade que havia sobre ela e baixando as águas, uma nova terra, limpa surgiu mais uma vez.
Este acontecimento numa compreensão mais profunda, é a prefiguração do que Adam (Espécie humana) que foi feito da Adamah (Terra), precisa fazer, matando seu eu corrompido e perverso para ser um novo Adam com a oportunidade de recomeçar.
Este sinal é pregado nas escrituras e Jesus mantém essa estrutura quando diz:
“Ninguém pode entrar no reino de Deus se não nascer da água e do Espírito.”
João 3:5.
Por essa razão, Jesus convencendo a muitos com sua palavra, fazia mais imersões que seu precursor João.
“Quando Jesus soube que os fariseus tinham ouvido que Ele fazia e batizava mais discípulos do que João” … João 4:1
O que fazer com o novo nascimento?
Uma nova vida só é possível se as ações forem diferentes!
Quando nascemos de novo, nos tornamos criança num estado de dependência. Por isso é tão importante pessoas da parte de Deus para ajudar com alimentos nutritivos que vão fortalecer até chegar o momento de caminhar sozinho. Esse alimento são as palavras do Criador, que vão fortalecer e guiar no novo caminho.
Quando o povo hebreu passou pelo mar e estava na sua jornada no deserto, foi dito a eles:
“Se vocês andarem nos meus estatutos e observarem os meus mandamentos e os cumprirem, então vos darei as chuvas a seu tempo, para que a terra dê o seu produto e as árvores do campo dêem os seus frutos.
A debulha continuará até a colheita das uvas e a colheita das uvas continuará até o plantio, e vocês comerão tudo o que quiserem e viverão seguros em sua terra.” (Leviticos 26:5)
Se é pela palavra que somos convencidos de nascer de novo, é também pela palavra que ficamos firmes, vivendo essa nova vida.
Tudo acontece através da palavra, o novo nascimento e a nova vida.
Quando o novo nascimento acontece, somos como a nova terra, limpa e pronta para produzir e frutificar conforme a palavra de Deus desde o princípio.
Quando Jesus ensina “A parábola do Semeador” ele está ensinando que apenas a TERRA BOA consegue absorver sua palavra e dar frutos.
A velha terra, cheia de problemas e espinhos, tem dificuldades para receber a semente e dar frutos.
(Mateus 13)
“E contou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: “Um semeador saiu a semear.”
Verso 4:
E, ao semear, algumas sementes caíram pelo caminho, e vieram as aves e as comeram.
Explicação de Jesus verso 19:
– Quando alguém ouve a palavra do reino e não a entende, vem o maligno e arrebata o que foi semeado em seu coração. Isso é o que foi semeado ao longo do caminho.
Verso 5:
Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra, e logo brotaram, visto que a terra não era profunda, mas quando o sol nasceu, eles foram queimados. E como não tinham raiz, secaram.
Explicação de Jesus versos 20-21
– Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria, mas ele não tem raiz em si mesmo, mas é de pouca duração; e, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se desvia.
Verso 7:
Outras sementes caíram entre os espinhos, e os espinhos cresceram e as sufocaram.
Explicação verso 22:
– O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados do mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.
Verso 8:
Outras sementes caíram em boa terra e produziram grãos, algumas a cem, outras a sessenta, outras a trinta.
Quem tem ouvidos, ouça”.
Explicação verso 23:
– Quanto ao que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra e a compreende. Ele realmente dá frutos e produz, em um caso cem vezes, em outro sessenta e em outro trinta.
Uma terra infértil que não absorve a semente a tempo, outra com pedras e que não tem profundidade para a raiz, outra coberta de espinhos.
Nenhuma dessas características correspondem ao tipo de terra que o Criador fez quando disse “produza e dê frutos”.
Essas são as tipificações da velha e corrompida terra que precisa nascer novamente.
Aos olhos do Criador, nós ainda somos terra, e devemos ser uma terra boa e produtiva. Cumprindo esse papel, no futuro, receberemos a recompensa de ter um corpo transformado e incorruptível.
No próximo estudo, falarei sobre o Ruach (Espírito).
Continua…
Shalom, shalom!