O barrete frígio foi originalmente usado por moradores da Frígia (região onde hoje fica a Turquia), por escravos que conseguiam liberdade na Grécia e na Roma e também por marinheiros e condenados em navios de guerra do Mediterrâneo.
Segundo o portal oficial das Olimpíadas, o Arquivo Nacional Francês mostra registros de barretes sendo usados durante a construção da Catedral de Notre-Dame de Paris, em 1163, durante as obras de construção da Torre Eiffel e nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924.
O barrete e Marianne
Na França, o gorro aparece constantemente no topo da figura Marianne, uma alegoria criada durante a Revolução Francesa para representar os ideais do movimento: liberdade, igualdade e fraternidade, além de ser uma figura que traz a personificação da república francesa.
Atualmente o símbolo é uma referência presente no cotidiano dos franceses, seja na arte (como metáfora para liberdade) ou em construções (principalmente do governo), selos e moedas.
Mascote e inclusão
Paris apresentou dois mascotes: Phryge Olímpica e Phryge Paralímpica, que apresenta uma deficiência física visível como uma forma de estimular a inclusão social. No lançamento oficial, Tony Estanguet, presidente do comitê dos Jogos da França, disse que queriam que os mascotes representassem mais do que um animal, mas um ideal.
“Queríamos mascotes que incorporassem a nossa visão e pudessem compartilhá-la com o povo francês e o mundo. Mais do que um animal, nossos mascotes representam um ideal. O barrete frígio é um símbolo de liberdade. Por nos ser familiar e aparecer em nossos selos e nas nossas Câmaras Municipais, representa também a identidade e o espírito franceses”, afirmou.
Um dos objetivos da França é estimular o esporte entre os habitantes do país. A missão das Phryges é liderar esse movimento com a seguinte mensagem: “O esporte pode mudar tudo! As nossas vidas, a nossa saúde, as nossas relações com os outros, a forma como nos relacionamos com a natureza. É hora de acolher mais esporte nas nossas vidas”.