Nesta segunda-feira (8), quem estiver viajando pela América do Norte poderá assistir a um eclipse solar total, que é quando a Lua, a Terra e o Sol ficam completamente alinhados e os raios solares são bloqueados por alguns minutos.
Esse eclipse será diferente dos últimos, por sua duração, que estima-se que será dois minutos maior, mas também pela coroa solar (sua camada mais externa), que será mais visível que o eclipse de 2017. Além disso, um evento como esse só acontecerá novamente em 2044.
No Brasil, não será possível acompanhar o eclipse. Porém, além de disponibilizar uma tabela com os momentos em que o eclipse será visível em cada parte dos Estados Unidos, a Nasa fará uma transmissão ao vivo nos seus canais e redes.
O fenômeno começará a ser visível às 16h (horário de Brasília), na costa do México, e terminará às 17h (horário de Brasília), na costa Atlântica do Canadá.
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ToggleComo fotografar um eclipse com sua câmera ou smartphone
É possível praticar a astrofotografia com uma câmera DSLR profissional, mas também com seu smartphone. Confira algumas dicas:
- Invista em um bom tripé: ter um tripé resistente com um disparador remoto é essencial para tirar fotos em longa exposição;
- Não olhe para o eclipse sem proteção: busque um óculos de eclipse compatível ou um visualizador solar portátil;
- Sua câmera também precisa de lente: não é seguro olhar para o eclipse através de uma câmera sem filtro;
- Lentes necessárias: com uma grande angular é possível capturar o eclipse e também a paisagem ao seu redor, já para aquela foto clássica só do eclipse, escolha uma teleobjetiva;
- Foto com smartphone: deixe o celular na configuração de zoom padrão e tente estabilizá-lo o máximo possível. A tentativa de ampliar além do estabelecido pode resultar em fotos menos nítidas.
Destinos perfeitos para astroturismo e observação de eclipses:
Estados Unidos
Famosos em território americano, são mais de 420 parques registrados no sistema de parques nacionais dos Estados Unidos. Além da fauna e flora exuberantes, com inúmeras atividades ao ar livre feitas em diferentes épocas do ano, alguns deles também carregam a alcunha de serem ideais para o astroturismo.
É o caso do Big Bend National Park, no sudoeste do Texas, que possui paisagens deslumbrantes em meio a rios, com possiblidade de fazer trilhas, acampar e passear a cavalo. Com o cair da noite, devido sua localização afastada dos grandes centros, as estrelas dão as caras e garantem um céu brilhante, o que atrai milhares de visitantes todos os anos.
Já no Colorado, o Great Sand Dunes National Park possui algumas das dunas mais altas do estado e pores do sol que pintam o céu com incríveis cores. Durante a noite, o ar seco do parque ajuda a criar uma atmosfera perfeita para observar o céu.
No Utah, o Canyonlands National Park também cumpre a missão: são inúmeros cânions cortados pelo rio Colorado e afluentes que o transformam em um destino popular entre os aventureiros. Com a ajuda do cenário desértico, a poluição luminosa é mínima, o que o ajuda a ter uma das menores emissões de luz de todo o país. Já deu para imaginar como o céu fica durante a noite? Vale ressaltar que todos os locais acima são listados entre os parques certificados pela Dark-Sky.
Chile
O Chile apresenta um dos céus mais limpos de todo o Hemisfério Sul. Observatórios espalhados pelo país, principalmente no norte, são famosos ao redor do mundo e, além de alguns serem abertos a visitas, contribuem para o conhecimento científico.
De acordo com a própria organização que cuida do turismo no território, as áreas de La Serena, Valle del Elqui, San Pedro de Atacama, Antofagasta e Iquique contam com agências especializadas que oferecem transporte, acomodações e atividades ligadas ao astroturismo.
Um dos exemplos é o Observatório de la Silla, localizado em La Serena e Coquimbo, a 600 km ao norte da capital Santiago e na periferia do Deserto do Atacama. O centro de pesquisa científica fica a 2.400 metros de altura com modernos telescópios que captam os movimentos ao redor da Terra.
Além de educadores, estudantes e pessoas ligadas à astronomia, o observatório fica aberto ao público, em que é possível adentrar em certos telescópios e também se deparar com cenários arrebatadoras do deserto e dos Andes. As visitas ocorrem gratuitamente aos finais de semana e possuem capacidade limitada – os tours devem ser agendados no site.
Em esquema parecido está o Observatório Cerro Mamalluca, na comuna de Vicuña, na região do Coquimbo. Por cerca de 4.500 pesos chilenos (cerca de R$ 25) é possível visitar o espaço, observar o céu a olho nu e também olhar através das lentes de alguns telescópios. O tour dura cerca de 1h30.
Se durante a noite o céu estrelado já impressiona nesta região recôndita do país, o observatório, aberto em 2008, conta com um potente telescópio que garante visuais nítidos do firmamento. É, inclusive, um dos melhores telescópios privados do país.
Portugal
No meio do Alentejo fica um dos destinos para astroturismo mais celebrados do mundo, mesmo que inúmeros indivíduos que visitam a região anualmente não saibam.
O Dark-Sky Alqueva é uma área certificada e protegida que abrange cerca de 10 mil quilômetros quadrados. A reserva da Dark-Sky tem telescópios para observação solar e astronômica que permitem visões para planetas, crateras da Lua, nebulosas e galáxias.
De acordo com o governo, uma série de municípios ao redor, como Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Portel, Mourão, Moura e Barrancos, fazem um esforço conjunto para diminuir suas luzes públicas artificiais durante a noite
A região também está equipada com acomodações e restaurantes, assim como agências de turismo e guias que auxiliam os visitantes diretamente interessados em astroturismo na região.
Fonte: CNN Brasil
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