O juiz distrital John M. Gallagher autorizou a presença do grupo satanista “Satã Depois da Escola” na escola Saucon Valley, na Pensilvânia. A decisão veio depois de grupos de direitos humanos processarem a instituição, que cancelara os eventos após pressão de pais indignados com a iniciativa.
Agora, integrantes do ajuntamento poderão se encontrar nas dependências do colégio, em datas combinadas com a escola, informou o jornal Morning Call, na semana passada. Na decisão, o magistrado entendeu que a proibição, por parte do colégio, viola a liberdade de expressão.
Gênese da queda de braço entre escola e grupo satanista
Tudo começou há pouco mais de um mês, quando famílias ficaram chocadas ao receberem dos filhos menores de idade os panfletos com a imagem de Satanás. No papel, o grupo, que é ligado ao Templo Satânico dos Estados Unidos, garante não querer converter as crianças a nenhuma religião. “O Templo Satânico apoia crianças a pensarem por si mesmas”, afirma o documento.
Na internet, o Templo Satânico assegura não adorar a Satanás, tampouco o vê como uma encarnação do mal. A “igreja”, contudo, usa o símbolo controverso do diabo como uma “representação do pensamento independente e do livre arbítrio”.
O grupo ganhou as manchetes na semana passada, quando o maior encontro de adeptos se preparou para a “SatanCon 2023”, em Boston.