Na partida mais difícil da temporada até aqui, o Santos deu a melhor resposta possível em campo. Diante do fortíssimo Palmeiras, pelo jogo de ida da final do Paulistão, a equipe do técnico Fábio Carille competiu do início ao fim, venceu com um gol de Otero em jogada construída por Guilherme e – mesmo contra todas as previsões feitas no início do ano – está em condições de ser campeã.
A atuação do Peixe na noite do último domingo teve a assinatura do treinador Fábio Carille. Isto é, uma equipe organizada, compacta, com velocidade pelas beiradas do campo e, sobretudo, com todos em campo comprometidos a dar tudo o que tem pela vitória.
Em que pese o fato de o time ter recuado depois do gol e sofrido uma forte pressão do Palmeiras nos minutos finais, a estratégia deu certo. Agora, o Santos joga por um empate para ficar com a taça do Campeonato Paulista.
É tarefa árdua fazer qualquer análise sobre essa equipe sem contextualizar a significativa reformulação do elenco realizada nos meses de dezembro e janeiro.
Dos atletas que estavam no ano passado, marcado pela inédita queda no Brasileirão, apenas João Paulo, Joaquim, Tomás Rincón e Felipe Jonatan estiveram em campo na final com o Palmeiras. Todos os outros 12 nomes que defenderam o Peixe na decisão chegaram na intertemporada, contratados ou promovidos da base.
Ver esse time jogar de igual para igual contra o Palmeiras – dono de um dos projetos mais sólidos do futebol brasileiro há mais de meia década – é algo que merece atenção. Ninguém colocaria o Santos na lista de favoritos do Paulistão no começo do ano e, agora, o clube está próximo de uma conquista.