“Quando o Altíssimo repartia as nações, quando espalhava os filhos de Adão Ele fixou fronteiras para os povos, conforme o número dos filhos de Deus, Mas a porção do SENHOR foi o seu povo, Jacó é o lote da sua herança.” – Deuteronômio 32:8, 9.
“Agora, se vocês me ouvirem e guardarem cuidadosamente a minha aliança, vocês serão minha propriedade particular dentre todos os povos, embora toda a terra seja minha.” – Êxodo 19:5.
…” Todo o povo respondeu em uníssono: “Faremos tudo o que o Senhor disse”. Então Moisés trouxe a resposta deles ao Senhor. – Êxodo 19:8.
Nesses textos é possível ver que a divisão da Terra é feita pelo próprio Deus Criador e administrada por Ele.
Como já sabemos, Ele iniciou o projeto de criar uma nova nação a partir de um casal que se submeteu a Ele, mas levou muito tempo até que a prole deles estivesse em um número de pessoas suficiente para encher uma cidade/nação.
Quando esse povo se torna grandemente numeroso, ainda não tinham um lugar, mas estavam em terra estrangeira por muito tempo e em certo momento passaram a ser maltratados com serviços forçados e humilhações.
Uma vez libertos do Egito, eles agora andavam rumo a sua “casa própria”, mas a terra que estavam indo já tinha moradores antigos.
E sobre isso, é dito ainda nos tempos de Abrão que esses moradores estavam num caminho de maldade:
“Quanto a ti, irás em paz para teus pais; serás sepultado em boa velhice.
“Então, na quarta geração, eles voltarão para cá, pois a iniquidade dos amorreus ainda não está completa.” Genesis 15:16.
Se nos tempos de Abraão os moradores daquelas terras eram maus, como estariam 400 anos depois?
Dessa forma é dito aos Israelitas na entrada dessas terras:
“…é por causa da maldade destas nações que o Senhor as está expulsando de diante de vós.” Deuteronômio 9:4.
Além disso, Yisrael já recebe as leis a cerca da comercialização que envolve aquelas terras e mais uma vez é provado quem é o legítimo dono de tudo.
“A terra não deve ser vendida permanentemente, porque a terra é minha e vocês residem na minha terra como estrangeiros e peregrinos.” Levíticos 25:23.
Esse povo criado, recebeu instruções, leis e um caminho para seguir que fosse justamente o oposto das nações. Eles não tinham identidade, um lugar e um dono, mas agora estavam plenamente na condição da nação mais poderosa do mundo e a fama desse povo era grande e isso é percebido nas palavras da prostituta Raabe:
“Ouvimos como o SENHOR secou as águas do mar Vermelho para vocês quando vocês saíram do Egito, e o que vocês fizeram com Siom e Og, os dois reis dos amorreus a leste do Jordão, a quem vocês destruíram completamente.” Josué 2:10.
Enquanto Yisrael guardava as instruções recebidas de Deus, eles prosperavam e ao mesmo tempo eram usados na justiça conforme a administração das terras do Criador. Mas nem sempre fazer justiça significaria expulsar povos e destruir exércitos, como podemos ver nessas situações:
“Você está prestes a passar pelo território de seus parentes, os descendentes de Esaú, que moram em Seir. Eles terão medo de você, mas tenha muito cuidado.
Não os provoques à guerra, porque não te darei nada da terra deles, nem mesmo o suficiente para pisar. DEI A ESAÚ A REGIÃO MONTANHOSA DE SEIR COMO SUA.
Devem pagar a eles em prata pela comida que comerem e pela água que beberem” Deuteronômio 2:4-6.
Neste caso, Yisrael além de não os provocar, trouxe um belo aquecimento econômico.
Ainda neste capítulo de Deuteronômio:
“Então o Senhor me disse: “Não perturbe os moabitas nem os provoque à guerra, pois não darei a você parte alguma da terra deles. Dei Ar aos descendentes de Ló como propriedade” Deuteronômio 2:4.
Nesse padrão encontrado nas escrituras, tudo pertence a Deus e Ele supervisiona os habitantes e governos, por isso não é de se surpreender quando encontramos profecias contra reinos e nações.
O livro de Juízes descreve como a benção e a desgraça do povo de Yisrael é ligada as leis de justiça do Criador. Se as seguem são prósperos, mas como aconteceu, eles praticaram os mesmos atos que fizeram as nações antes deles serem expulsas. Por isso foram expulsos e dispersos pelo mundo.
O livro de Levíticos, por exemplo, dá instruções de justiça como: Não ofender um ao outro, não fazer o cego tropeçar, tratar bem o estrangeiro, não furtar, não mentir nem tratar falsamente, o juiz não deve julgar com parcialidade porque um é pobre ou porque o outro é rico, há leis para que a terra tenha um ano de descanso do arado, leis para o animal como a de permitir que o boi coma do fruto que cair no chão e muito mais.
Se o espírito das leis divinas é esse, podemos dizer que conseguimos seguir?
Por outro lado, todas as nações que se tornam contrarias a esses princípios certamente conhecerão a justiça de Deus da forma mais terrível, pois nem Yisrael, nação que Ele mesmo levantou, foi poupada quando se encheu de injustiça e maldades.
Esse Yisrael que se levantou e caiu, evidentemente se tornou um sinal para que o mundo veja o padrão que o Criador está ensinando.
Mas, acima de toda história relatada, precisamos entender que o Elohim todo poderoso é extremamente inteligente e perfeito em tudo o que faz e o que permite acontecer.
Shalom Shalom,
Até Breve!